SEMASA
ETE de Cidade Nova/SC
Sistema de Aeração
2020

Cliente

Semasa

Local

ETE Cidade Nova/SC

Vazão

288m³/h

Cliente

O SEMASA de Itajaí – SC, Serviço Municipal de Água, Saneamento Básico e Infraestrutura foi criado em 08 de janeiro de 2003, pela Lei Municipal n° 3.863. Essa municipalização foi o resultado da não renovação do contrato com a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento, que administrava o abastecimento de água em Itajaí desde 1973. Hoje o município de Itajaí tem a capacidade de armazenamento de aproximadamente 20 milhões de litros de água tratada. Em 2014, após um longo período de assentamento da tubulação nas ruas da cidade, finalmente o esgoto doméstico passou a ter um destino correto: a Estação de Tratamento de Efluentes (ETE). Sua capacidade de tratamento é de 133 litros por segundo, com eficiência de remoção de até 95% da carga orgânica. Além da edificação da ETE, foram instalados 80 quilômetros de tubulações e 17 elevatórias subterrâneas. Com relação aos projetos e ações socioambientais desenvolvidos em 2014, o Programa Selo Social concedeu ao SEMASA, em 2015, pela primeira vez, certificação pela atuação em todas as categorias, alcançando os oito Objetivos do Milênio (ODM) propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Como reconhecimento extra, o SEMASA foi agraciado também com a placa de Projeto Destaque, dentro do ODM 5, referente à saúde das gestantes, pela ampliação da licença maternidade.

O SEMASA segue evoluindo e cumprindo o que preconiza a Lei Municipal nº 6.472/2013, que dispõe sobre a Política Municipal de Saneamento Básico. Com o Plano Municipal de Saneamento Básico, o SEMASA passou a ter um planejamento estratégico nas áreas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, visando nortear suas ações, bem como futuras expansões em seu sistema.

Projeto

Com base nos estudos e levantamentos pelo SEMASA de Itajaí, em ordem para aumentar a eficiência e eficácia do tratamento de esgoto da Estação de Tratamento de Esgoto Cidade Nova, em Itajaí, SC, seria necessário promover um ambiente aeróbico e propício ao desenvolvimento de microrganismos responsáveis pela rápida degradação da matéria orgânica (poluição). Para a geração e injeção de ar nas estações aeróbias, o suprimento de oxigênio passa a ser, de longe, o maior item de consumo de energia (50% a 90% do consumo total) obrigando a busca por sistemas de aeração eficientes, obrigando uma alternativa nos sistemas mecânicos de aeração. Identificou-se, então, a necessidade do desenvolvimento de um sistema de aeração por ar difuso que consegue alcançar uma economia de até 50% em relação às antigas tecnologias.

Solução

A SIGMA foi contratada para desenvolver um Sistema de Aeração por Ar Difuso, tipo bolhas finas, consistindo em um dos sistemas mais modernos e eficientes para o fornecimento de oxigênio nos Processos de Tratamento de Esgoto. O sistema de ar difuso possibilita uma grande variedade de arranjos e aplicações. Comparado aos sistemas convencionais por aeração mecânica (aeradores), estes podem ser de superfície, mecânicos ou submersos, agitando o efluente para introduzir ar da atmosfera com pás, lâminas, brochas e sistemas propelentes diversos. No caso do ar difuso, ou aeradores formadores bolhas, o ar é injetado na base do sistema, que acaba trazendo mais benefícios ao processo.

Realização

O princípio de funcionamento é a introdução de ar nas tubulações da SEMASA Itajaí e a condução por tubulações de nossa instalação até o sistema de aeração por ar difuso, modelo ARAD, composto pela tubulação de entrada de borracha e, posteriormente, inox, com membranas e estrutura de suporte. Foi um projeto desafiador desde o seu início até a finalização da entrega na obra. Com o dimensionamento das membranas, responsáveis por gerar as bolhas finas e, consequentemente, a aeração no tanque, foi necessário o cálculo da estrutura inferior que faz o papel de manter todo o conjunto submerso no fundo do tanque. Com isso, o melhor dimensionamento mostrou-se possível, visando não somente o projeto em software, mas sua confecção, viabilizando o método que seria utilizado para fabricação.

Com o projeto executado em fábrica, e seguindo o que foi projetado, a interligação do tubo de aeração principal da SEMASA de Itajaí até o tanque, onde foram instalados os grids de aeração, acabou gerando alguns desafios de campo, no que diz respeito à estanqueidade do processo, visto se tratar de condução de ar por toda a tubulação instalada

Tubulação primária: feita em aço inox, recebe o ar e o distribui até as membranas por meio de nipples soldados para fixação delas.

Membranas: difusor tubular de bolha fina com tecnologia desenvolvida que permite a saída do ar e o fechamento completo do sistema caso a aeração pare de funcionar e, consequentemente, envie ar no sentido do tanque. Tal dispositivo atua de modo evitar a entrada de efluente na tubulação primária.

Estrutura inferior: chamado também de lastro, é feito de inox e possui peso suficiente para manter o conjunto submerso no fundo do tanque.

Conjunto de cabos de içamento: feitos em inox, serve para içar o conjunto no caso de uma eventual manutenção ou reposicionamento no tanque, mantendo-o na posição horizontal de trabalho.

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